Mecanismos

Este é o Paraflex, nosso sistema de absorção de choques criado em 2005. Elemento absolutamente crucial na proteção do mecanismo dos nossos relógios, nós mesmos o projetamos e produzimos com exclusividade. Sua finalidade é neutralizar todos os efeitos das pancadas e solavancos do dia a dia.

Mas como uma proteção tão minúscula, não maior que um grão de arroz, pode realizar tal feito? É através da interação de duas propriedades separadas que, em uma dança sem fim, compensam as consequências de todos os choques em todos os momentos. O Paraflex se move para um lado, depois para o outro, em uma fração de segundos. Por um lado, dobra-se a cada impacto para dispersar a energia e depois volta à sua forma original. Por outro, desloca-se, de forma a preservar a funcionalidade da roda de balanço e da âncora do escape. Isso ajuda a garantir a precisão cronométrica do calibre em todas as circunstâncias. É com esse balé único de deformação e deslocamento que o Paraflex preserva o mecanismo do relógio.

Este é o rotor Perpetual, o mecanismo de corda automática da Rolex. Com ele, a corda do relógio é dada constantemente conforme os movimentos do pulso. Criado em nossas oficinas e depois patenteado, foi lançado em 1931. Aprimoramos incessantemente essa inovação revolucionária que, desde então, tem tirado o mundo da relojoaria do seu próprio eixo.

Em um estado constante de equilíbrio instável, a massa oscilante em forma de meia-lua sofre todos os efeitos da gravidade terrestre. Portanto, ela gira com cada gesto do usuário e balança em uma direção ou outra. A energia gerada por essas oscilações é transferida para a mola de tambor, que é continuamente enrolada através de um sistema inteligente composto por inversores e um trem de engrenagem. A energia armazenada é liberada simultaneamente para ativar o movimento do relógio e fazer os ponteiros girarem. Regularmente. Precisamente. Não é o equilíbrio que nos faz progredir. O desequilíbrio é a verdadeira fonte do movimento perpétuo.

Esta é nossa icônica exibição do dia da semana, exclusiva do Day-Date. Lançada em 1956, ela está disponível em 26 idiomas desde 1973.

Na abertura em forma de semicírculo, o novo dia aparece à meia-noite, em perfeita sincronia com a data. Optamos por exibir os sete dias da semana por extenso. Sem abreviações. Pode parecer um pequeno detalhe, mas mostra nossa vontade incessante de fazer tudo por completo, sem buscar atalhos. Afinal, as maiores conquistas e os melhores designs ficam marcados com todas as letras.

31, 28, 31, 30, 31, 30, 31, 31, 30, 31, 30, 31: a sequência anual dos meses é mais complicada do que parece. Em um relógio, essa inconsistência deve ser tratada no projeto do calendário anual, como nosso Saros, lançado em 2012 com o Sky-Dweller.

Como todos os calendários anuais, ele diferencia automaticamente meses com 30 e 31 dias e precisa ser ajustado apenas uma vez por ano, na passagem de fevereiro para março. Desenvolver uma complicação como essa geralmente requer instrumentos bastante complexos, com inúmeras alavancas, cames e molas. Mas um tipo de beleza diferente sempre nos favoreceu: a simplicidade. Não importa a dificuldade para chegar a ela. Foram necessários muitos anos de desenvolvimento para finalizarmos nosso calendário anual, com apenas quatro rodas de engrenagem e duas relações de transmissão. Nada mais. Sua concepção é tão eficiente que o desempenho e a durabilidade do mecanismo não são afetados. Pelo contrário, a energia dispensada pelo recurso é perfeitamente gerenciada. Talvez seja por isso que nosso calendário é considerado uma proeza da relojoaria. Nenhuma complicação é tão inteligente como o Saros.